História de Bananal

Conheça um pouco sobre a origem do nome e da história da cidade de Bananal, no Vale Histórico de São Paulo.

Origem do Nome

Na Região onde hoje se encontra a estância turística de Bananal, viviam em meados do século XVII, descendentes de antigas etnias indígenas. Em uma dessas etnias está a origem do nome da cidade. A denominação de origem tupi, vem do curso d’água que cruza a cidade, o banani que significa rio sinuoso e era como os índios Puris se referiam ao rio que cortava a região, mas há também outra versão para a origem do nome: teria vindo do antigo pouso do Bananal, no Caminho Novo do Rio de Janeiro, assim conhecido por ter muitas bananeiras.

Entre o fim do século XVII e início do século XVIII, foi acontecendo a ocupação da região do Vale do Paraíba, pois, sendo uma das principais rotas da passagem do ouro das Minas Gerais.

Bananal servia de pouso para os tropeiros que viajavam ao Rio de Janeiro.

Em 1832, Bananal foi elevada a condição de vila e hospedou por duas vezes Dom Pedro II na Fazenda Três Barras.

Em 1836, Bananal era o segundo maior produtor de café da província de São Paulo.

Em 3 de abril de 1849, foi criada a comarca de Bananal com muitas comemorações.

A riqueza dos barões alcançou tanta prosperidade chegando até a ultrapassar a arrecadação da capital.

O café era comercializado com a Europa e os Estados Unidos.

Sua riqueza foi sustentada a base mão de obra escrava, investindo os lucros obtidos com o café na compra de mais escravos e na ampliação da lavoura além de ostentar cristais belgas, móveis importados, objetos franceses e as sedes das fazendas se transformaram em palacetes.

Os barões financiaram obras como a construção bananalense do ramal da Estrada de Ferro que passava pelas fazendas mais ricas e ia até Barra Mansa no Rio de Janeiro.

Eram feitas festas suntuosas nas fazendas, tinham uma orquestra própria e duas bandas. Por um tempo a cidade teve até sua própria moeda.

O período de riqueza chegou ao fim impulsionado por fatores como:

– Exaustão da terra explorada ininterruptamente por longo tempo;

– Abolição da escravidão em 1888;

As fazendas foram sendo vendidas e o gado foi ocupando o lugar do café.

Houve a decadência e a cidade virou uma cidade morta. Com a abertura da Rodovia Presidente Dutra em 1951, Bananal ficou isolada e economicamente decadente.

A cidade hoje é voltada para o turismo. Possui um calendário de eventos composto por festas tradicionais, herança cultural e histórica, mantendo vivo o passado e cultivando sua identidade cultural como Carnaval, Feirinha da Roça, Folia de Reis, Festas Juninas e Romarias à cavalo e bicicleta ao Santuário de Aparecida.

Enfim, Bananal tem valorizado a sua História com a preservação de um Patrimônio Histórico que inclui prédios e locais que protagonizaram um período de muita riqueza e prosperidade para o Brasil, período áureo do café.

A religião tem um peso grande na região. Os escravos faziam trabalhos para seus orixás e cultivavam a umbanda e o candomblé.

A Igreja principal da cidade tem como santo Padroeiro Bom Jesus do Livramento, cuja festa é comemorada em 6 de agosto, dia da Transfiguração do Senhor.

O Brasil ao longo de 500 anos de história construiu sua cultura com a fusão de três raças: o índio, o branco e o negro.

O sincretismo dessa multicultura deu origem a “cultura brasileira”, diferente de todas com características próprias.

Nas senzalas, os negros dançavam e cantavam não apenas para se divertir ou praticar lutas (a capoeira) mas também para cultuar os seus orixás. Os brancos católicos e senhores não aceitavam os mitos africanos e impunham-lhes os santos católicos. Para poderem continuar realizando os seus cultos, os escravos começaram a colocar nos altares (gongá) estátuas de santos católicos. Com o passar do tempo, nasceu o sincretismo religioso que se harmonizou ao candomblé, umbanda e outras…

Bananal conta hoje com vários templos e espaços religiosos como a Assembléia de Deus, Adventistas do 7° Dia, Testemunhas de Jeová, Associação Espírita Allan Kardec, Casa Espírita Nosso Lar, Centro de Caridade Joana D’Arc e outros…